Nossa Senhora de Fátima é um bairro português do concelho de Lisboa, contando com cerca de 15 mil habitantes. Esta freguesia, criada aquando da reforma administrativa de 1959, apresenta uma historia recente no entanto recheada com edifícios de grande valor patrimonial.
Destaca-se nesta toada a Antiga Mansão dos Viscondes de Valmor, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, a Casa da Moeda e Valores Selados, o Parque da Fundação Calouste Gulbenkian (incluindo a sua sede, o museu, o CAM e os jardins), a Praça de Touros do Campo Pequeno ou ainda o Palácio Galveias.
Este património intenso e recheado é reflexo duma historia rica, que contrasta com a sua origem recente em termos oficiais, e está intimamente ligada à grande expansão da cidade de Lisboa. Os primeiros vestígios humanos da região datam do neo-eneolítico, sendo que na Avenida da Republica encontram-se reminiscências do que terá sido em tempos uma importante via romana que ligava Lisboa a Loures. Esta estrada terá tido um papel importante no abastecimento da cidade com os produtos vindos das redondezas rurais.
O terramoto de 1755 foi um marco importante na cidade de Lisboa, e veio a apressar uma expansão demográfica e urbana que já estava em progressão, centrando-a no entanto em zonas mais elevadas, em busca de maior segurança.
No século XIX o arquitecto Ressano Garcia remodelou a zona com a introdução de grandes avenidas que ainda hoje pautam a moderna e agitada vida local. A Linha Férrea da Cintura, datada de 1890 veio impulsionar ainda mais este movimento regenerador que dinamizou a freguesia e lançou bases para o que hoje conhecemos de Nossa Senhora de Fátima.
É um dos pontos nevrálgicos da cidade de Lisboa, e nas ultimas décadas tem focado a sua vocação comercial no sector terciário, à semelhança de outras freguesias do concelho.