Do outro lado da capital. Pensa-se que Alcochete tem origem árabe devido ao Al do nome e pelo facto de a sua igreja matriz ter sido construída por cima de um antigo templo árabe. Contudo, os primeiros documentos da região são da época romana e é também do período romano o maior legado da região como por exemplo a prática de olaria (onde se destaca a produção de ânforas) e os sistemas de rega por canais.
Depois da reconquista cristã, a vila começou produzir vinho e a exportar sal sobretudo para o sul da Europa, por via marítima, sofrendo uma grande expansão. Actualmente, Alcochete é a sede da Reserva Natural do Estuário do Tejo, mantendo as salinas onde se desenvolvem diversas espécies de aves subaquáticas.
A vila foi várias vezes residência da família real, nomeadamente aquando dos surtos de peste em Lisboa nos séculos XIV e XV, tendo mesmo nascido em Alcochete o futuro rei D. Manuel I.
A vila de Alcochete sofreu algum retrocesso quando as rotas fluviais começaram a ser substituídas pelas rodo e ferroviárias, tendo permanecido uma zona predominantemente rural até meados do século XX. A partir desta altura Alcochete voltou à expansão, devido ao inicio da actividade de seca do bacalhau (é o maior centro de secagem do país), à vaga de industrialização trazida pelas fábricas de pneus, alumínio e cortiça e mais tarde à construção da ponte Vasco da Gama que liga directamente Alcochete à capital.
Os símbolos da vila são o forcado, o campino e o salineiro celebrados na badalada Festa do Barrete Verde e das Salinas.
Hoje em dia, Alcochete combina modernidade e história num ponto perto de Lisboa mas que ainda assim prima pelo sossego e um estilo de vida mais descontraído e rural.